Por Gabriel Gama
Parece que foi ontem,mas há exatos 6 anos o São Paulo ganhava pela terceira vez a Taça Libertadores da América.
Para chegar na final, o São Paulo enfrentou na primeira fase da competição o argentino Quilmes, o chileno Universidad e o boliviano The Strongest.
Com a primeira colocação do grupo e invicto, o São Paulo enfrentou nas oitavas-de-final o Palmeiras e com duas vitórias, no Parque Antártica e no Morumbi, garantiu passagem às quartas-de-final.
Nas quartas enfrentou o Tigres do México, país que o São Paulo jogaria pela primeira vez na competição. Com uma goleada de 4 a 0 no Morumbi e uma derrota de 2 a 1 em solo mexicano, garantiu o São Paulo em mais uma semi-final e igualaria a campanha de 2004.
Nas semi-finais o São Paulo enfrentou o River Plate e com duas vitórias, no Morumbi e pela primeira vez em Buenos Aires, garantiu o Tricolor em mais uma final de Libertadores, a primeira desde 1994.
O adversário do São Paulo na decisão foi o Atlético Paranaense e pela primeira vez na história da competição dois times do mesmo país jogariam a final.
O jogo de ida não foi em Curitiba,porque o estádio do Atlético não comportava o número mínimo de 40 mil torcedores exigido pela Conmebol , por isso o jogo foi em Porto Alegre no estádio Beira-Rio e o resultado final foi 1 a 1 com as duas equipes tendo chance de se tornar campeão no jogo da volta no Morumbi.
Os ingressos para a segunda partida esgotaram em apenas dois dias de venda. Mais de 70 mil são-paulinos,sedentos pelo tri, contavam as horas para o jogo começar.
Dia 14 de julho de 2005 seria histórico para os dois times. O Atlético jogaria sua primeira final de Libertadores e o São Paulo podia se tornar o primeiro time do Brasil a ganhar o Tri da Libertadores.
Confira a ficha técnica da final:
São Paulo 4 x 0 Atlético Paranaense
Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina)
Auxiliares: Rodolfo Otero e Juan Carlos Rebollo (Argentina)
Público: 71.986 pagantes.
São Paulo: Rogério Ceni, Fabão, Diego Lugano e Alex Bruno; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior (Fábio Santos); Amoroso (Diego Tardelli) e Luizão (Souza)
Técnico: Paulo Autuori
Atlético Paranaense: Diego, Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão (Rodrigo); Cocito, André Rocha (Alan Bahia), Fabrício e Evandro; Lima (Fernandinho) e Aloísio
Técnico: Antônio Lopes
Gols: Amoroso aos 16 minutos do primeiro tempo, Fabão aos 7, Luizão aos 25 e Diego Tardelli aos 44 minutos do segundo tempo.
Essa foi a segunda maior goleada da história das finais da Libertadores, só atrás dos 5 X 1 que o São Paulo aplicou na Universidad Católica em 1993.
O São Paulo se consagra como o primeiro clube brasileiro a ter conquistado a Libertadores da América por três vezes. Com nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, o São Paulo de 2005 teve o melhor aproveitamento do clube na história do certame, com 73,8 % dos pontos conquistados, superior até a épica campanha de 1992.
O fantasma da noite de 31 de agosto de 1994, o dia que o São Paulo perdeu a chance do tri contra o Vélez Sarsfield em pleno Morumbi, foi devidamente exorcizado na noite de 14 de julho de 2005. No dia em que os franceses celebram a queda da Bastilha, outro povo de bandeira tricolor solta o seu grito de liberdade.
Com o título da Libertadores, o São Paulo garantiu sua passagem para disputar no Japão em dezembro de 2005 o Mundial de Clubes da FIFA e se tornar até hoje o único time brasileiro Tricampeão do Mundo. Mas isso é uma outra história...